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DESAFIO - CONHECIMENTO – PRAZER

Comunicação do Diretor da Faculdade de Educação Física e Desporto, Professor Doutor Jorge Proença, na Sessão de Abertura do Doutoramento em Educação Física e Desporto.

DESAFIO - CONHECIMENTO – PRAZER

Ao iniciarmos, pelo 13º ano consecutivo, mais uma edição do Doutoramento em Educação Física e Desporto é com muita satisfação e renovada motivação que, em breves palavras, procurarei expressar, em torno de três palavras, ideias e convicções que estes anos mais fundamentam.

DESAFIO

Após 20 anos de existência da licenciatura em Educação Física e Desporto e 15 anos de mestrados formando muitas centenas de profissionais, era o tempo de criar o grau máximo do ensino universitário - o Doutoramento. Apesar da reconhecida qualidade académica e científica do quadro docente existente, entendemos ser desejável encontrar uma personalidade que pelo seu currículo, designadamente, forte vínculo à Educação Física e à Formação de Professores pudesse liderar este novo Projeto e assumir a direção do Curso. E, uma vez mais, o acaso e a identidade de propósitos permitiu encontrar a pessoa certa - o Prof. Catedrático Francisco Carreiro da Costa.

Há alguns meses entendeu o Prof. Carreiro da Costa ter chegado o momento da sua substituição por alguém que, nestes 12 anos o acompanhou dedicada e competentemente e difícil seria o diretor da Faculdade não concordar e enaltecer a sugestão. Esta 13ª edição marca a assunção do Prof. António Palmeira como diretor do Doutoramento.

O Prof. Carreiro da Costa continuará, porventura um pouco mais liberto para outras funções que, neste mesmo Curso, exemplarmente desempenha.

O desafio prossegue, agora também por cada um de vós vivido e partilhado, credor de reconhecimento e renovado compromisso.

O sucesso de qualquer curso, em especial no Doutoramento, aos estudantes se deve. E esse é o nosso objetivo fundamental e comum.

O CONHECIMENTO e insaciável vontade de mais saber, que a todos convoca e responsabiliza; a capacidade de fazer a pergunta pertinente e procurar resposta; a possibilidade e desejo de contribuirmos para pessoas e sociedade mais educadas, saudáveis e autónomas; a certez de aumentar e qualitativamente melhorar o grau de incerteza.

O PRAZER autêntico vivido na busca ou ocasional encontro de ideias e projetos, descoberta de novas formulações e contradições, convicções e dúvidas. Assumir e combater a ignorância, aceitar o erro potencial nas mais fortes convicções, reconhecer e evitar o “viés cognitivo” e fazê-lo com determinação e prazer parece constituir “o caminho da virtude” por Camões exaltado e, hoje, por nós assumido e prontos a trilhar.

Com humildade e ambição saibamos procurar e, eventualmente, encontrar novas relações ou, simplesmente, aprofundar a dúvida; questionar falsas novidades, apesar de comuns ou em moda; combater todo o tipo de mistificação que tantos danos tem causado à nossa área científica e profissional; com o mesmo vigor, recusar o isolamento ou o seguidismo acrítico; fundamentar e exigir fundamentação, reconhecendo o significado e ensinamentos da experiência e da história.

Estudo, reflexão e uma certa solidão acompanhada serão parceiros neste caminho agora iniciado; a capacidade de autonomia científica - seja lá o que isso for, como diria António Lobo Antunes -, legalmente instituída como critério essencial de êxito no Doutoramento, será permanentemente estimulada.

Bem-vindos e que esta Viagem seja um tempo de descoberta, revisitando e enxergando o não visto e…viver e sentir a aventura maior da condição humana.

5 de janeiro/2024
Jorge Proença